Minimilho como estratégia para inserção da adubação verde em unidades orgânicas de produção de hortaliças do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

A técnica da adubação verde no cultivo de hortaliças pode proporcionar expressivos benefícios relacionados tanto à melhoria das características do solo, quanto à nutrição e desempenho agronômico dos cultivos comerciais. Mesmo assim o seu uso em unidades agrícolas é restrito, principalmente pela dificuldade de compatibilizar a presença de adubos verdes e cultivos comerciais. Em propriedades familiares de produção de hortaliças a exploração ocorre de forma intensiva e geralmente se trata de pequenas áreas, dificultando a introdução da adubação verde. Nessas áreas, o uso de genótipos de milho com alta produção de palha e de minimilho (espigas imaturas), consorciados com leguminosas adubos verdes, pode ser uma estratégia para inserção da adubação verde. Para produção de minimilho é desejável que o genótipo de milho suporte alta densidade de plantio, seja prolífico e apresente espiguetas com as características exigidas pelas indústrias de conserva. Assim, o objetivo desse estudo é avaliar o desempenho de genótipos de milho quanto ao potencial para produção de minimilho e de biomassa com vista à adubação verde. Serão avaliados cultivares de milho dos tipos: doce, pipoca e normal na densidade de 200.000 plantas ha-1. As atividades de pesquisa serão desenvolvidas em condições de campo na área experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ. Os genótipos selecionados contribuirão para que a inserção da adubação verde não represente um custo adicional ao agricultor, ao contrário, contribua para geração de renda durante a produção de palhada para adubação verde através da venda do minimilho.