Seleção de estirpes eficientes na promoção de crescimento de mudas de alface

Marcia Reed R. Coelho, Bruno Gomes de Morais, Daniel Costa de Araujo, Ana Cristina S. Garofolo, Jerri E. Zilli

Resumo


A busca por alternativas mais sustentáveis na produção de alimentos é cada vez mais demandada pela sociedade. Os benefícios do mecanismo de promoção de crescimento realizado por microrganismos ainda podem ser muito explorados pela ciênica. Nesse sentido, o presente estudo busca estirpes eficientes na promoção de crescimento de mudas de alface. Trata-se de um experimento fatorial triplo (2x2x5) que está sendo conduzido em bandejas em casa-de-vegetação na Embrapa Agrobiologia, com o delineamento em blocos casualizados em triplicata de 18 plantas cada, em setembro de 2021. Estão sendo utilizadas duas variedades de alface, a grandes lagos americanas (GL) e a Regina de verão (RV), com cinco inoculantes de estirpes: BR 11005 - Azospirillum brasilense; BR 10788 - Bacillus subtilis; BR 10141 - Paraburkholderia nodosa; BR 3299 - Microvirga vignae e BR 14177 –Torulaspora e, por fim, dois substratos comerciais para hortaliças: um orgânico e o outro convencional. Os inoculantes líquidos produzidos seguiram as preconizações previstas pelo MAPA com concentrações superiores a 1,0x108 UFC/mL. As sementes foram semeadas após ficarem imersas por 17 horas em 50ml de inoculante diluído em água destilada (1:10). O início das germinações ocorreu após quatro dias da semeadura. O experimento ainda está sendo conduzido, e, apesar de não ser possível demonstrar os efeitos totais dos tratamentos, alguns parâmetros já foram observados. Sendo assim, como resultado após 22 dias do plantio, a variedade GL demonstrou desuniformidade e baixa taxa de germinação (cerca de 30%), em contrapartida, a variedade RV apresentou taxa de germinação superior a 75%. No substrato convencional as duas variedades se desenvolveram mais rápido, atingindo médias de 8,0 cm de altura da parte aérea e 3,5 cm de diâmetro do limbo foliar para a variedade RV, enquanto que no substrato orgânico essas médias foram de 3,0 cm e 1,5 cm respectivamente. Para o fator inoculação, ainda não houve diferenças visuais significativas. É necessário o término das avaliações para conclusão dos resultados, porém já é perceptível as diferenças nas germinações provavelmente devido à dormência secundária das sementes, além da diferença de disponibilidade e absorção de nutrientes pelas plantas nos diferentes substratos.


Palavras-chave


bioinsumo; microrganismos; hortaliças

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