USO DE INIBIDORES DE UREASE E NITRIFICAÇÃO E AUMENTO DA RECUPERAÇÃO DE 15N-FERTILIZANTE PELO MILHO

Leonardo Fernandes Sarkis

Resumo


Introdução – O milho (Zea mays L.) é a cultura que mais consome fertilizantes sintéticos nitrogenados no Brasil, com paticipação majoritária da ureia. O uso desse fertilizante pode resultar em danos econômicos e ambientais ocasionados principalmente por perdas gasosas de N, resultando em um baixo aproveitamento pelas plantas. Material e Métodos - Em um experimento de campo, conduzido em um Argissolo em Seropédica-RJ, foram quantificadas as perdas gasosas de N por volatilização de NH3, o rendimento de milho e a recuperação do 15N derivado da ureia misturada com nitrapirina na semeadura e/ou N‑(n‑butil) triamida tiofosfórica (NBPT) em cobertura (estádio V5). Resultados e Discussão - Verificou-se que as perdas de N por volatilização de NH3 provenientes da ureia aplicada em semeadura e enterrada abaixo e ao lado das sementes não foram significativas (<2 kg N-NH3 ha‑1). Entretanto, quando a ureia pura foi aplicada na superfície do solo em cobertura, as perdas de N por volatilização de NH3 chegaram a 48 kg N ha‑1. Nesse caso, o uso de NBPT mais nitrapirina retardou a hidrólise da ureia e reduziu a volatilização de NH3 em 28%. O uso conjunto da nitrapirina na semeadura e do NBPT em cobertura adicionados à ureia aumentou a recuperação do 15N-fertilizante pelo milho em 29%, porém não resultou em um aumento significativo no rendimento de grãos de milhoem comparação com a ureia pura aplicada na semeadura e em cobertura. Conclusões - Os resultados do presente estudo indicam que o uso específico de estabilizadores de N representa uma estratégia eficiente para reduzir a perda de N por volatilização de NH3 e, consequentemente, aumentar o aproveitamento do N-ureia em um solo tropical com baixo teor de N.


Palavras-chave


NBPT; nitrapirina; isótopo

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