Jornada de plantas alimentícias não convencionais, produção orgânica, saberes e sabores

Lucia Helena Maria Almeida, José Guilherme Marinho Guerra, Ana Paula Pegorer de Siqueira, Karla Beatriz Lopes Baldini, Livia Bischof Pian, Margarida Gorete Ferreira do Carmo

Resumo


Com o objetivo de permitir a ampliação dos diálogos entre as instituições de ensino, de pesquisa, e as organizações de agricultores e de consumidores na socialização de conhecimentos em torno de uma temática vibrante à agroecologia e à agricultura orgânica, com vistas à melhoria das práticas de manejo agrícola e da segurança alimentar das pessoas no campo e nas cidades, formou-se uma articulação entre projetos coordenados por professores e pesquisadores vinculados à “Fazendinha Agroecológica Km 47”, que proporcionou a organização, em setembro de 2015, da I Jornada sobre plantas alimentícias não convencionais do Estado do Rio de Janeiro, com a presença do Professor Valdely Ferreira Kinupp ((Instituto Federal do Amazonas), principal estudioso do tema no Brasil na atualidade. Na Fazendinha ocorreu a oficina que foi o ponto culminante de toda a Jornada, com a participação de mais de 100 pessoas. A metodologia adotada foi de caráter lúdico em que o professor Kinupp caminhou pelas áreas de cultivo de hortaliças da Fazendinha coletando e identificando espécies de plantas que podem ser classificadas como alimentícias não convencionais (PANC). Em aproximadamente 03 horas de caminhada, foram identificadas cerca de 50 espécies diferentes de PANC, espontâneas e cultivadas. O público interagiu durante todo o tempo. Os trabalhadores rurais da Fazendinha foram estimulados a participar da oficina. O almoço preparado pela Sra. Silvia Baptista, coordenadora do projeto“Mulheres do sertão carioca e seus quitutes” com ingredientes como ora-pro-nobis, vinagreira, botão de ouro, peixinho da horta, flores, dentre outros,  também contou com a apresentação do conceito “alimento vivo” levado pela culinarista Sra. Cika Luz que apresentou queijos feitos de aipim, brigadeiros de bertalha e de cenoura. Ocorreram diálogos em torno do preparo dos alimentos com amor, com ingredientes saudáveis e naturais e do quão estratégica é a garantia da soberania alimentar para a autonomia de um povo.

Palavras-chave


PANC, Diversidade Alimentar, Agroecologia

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