Isolamento do DNA total das raízes de plantas de cana-de-açúcar cultivadas em solo com três estágios crescimento

Resumo

A análise molecular do DNA total extraído de tecidos vegetais requer amostras de ótima qualidade. O principal problema do isolamento de DNA do tecido de plantas é a contaminação por compostos secundários produzidos pelos vegetais, como por exemplo, os polifenóis, polissacarídeos e ácidos orgânicos. A planta de cana-de-açúcar em particular, gasta muita energia na produção desses compostos, para posterior liberação deles em suas raízes com finalidade de proteção e/ou atração de microrganismos benéficos. Nesse trabalho usou-se raiz de cana-de-açúcar cultivada em solo com 45, 90 e 180 dias após o plantio de mudas com 60 dias de idade. Esse material foi macerado com o auxilio de nitrogênio líquido em gral e pistilo e  cerca de 300 mg  foram usados para extrair o DNA total, usando o tampão de extração resultante da combinação do brometo de cetiltrimetilamônio (CTAB) e dodecil sulfato de sódio (SDS) além da adição de substâncias como PEG 8000, β-mercaptoetanol e Proteinase K. O DNA  extraído foi quantificado por espectrometria usando o  NanoDrop 2000© e analisados  em gel de agarose 1%. A maior parte das amostras apresentaram bom rendimento (ng.µL^-1) e pureza (260/280) na faixa de 1,7 a 2,0. As amostras de DNA total extraídas foram diluídas para a concentração final de 20 ng.µL^-1 e foram submetidas a reações de PCR, verificando-se que para todas as coletas foi amplificar o fragmento 16S rDNA com 1500 pb. Porém, na maioria das amostras coletadas aos 180 DAP não foi possível à amplificação bem como para algumas amostras com 90 DAP. No momento o protocolo ainda esta em fase de ajustes, mas, em comparação com outras metodologias de baixo rendimento (ng.µL^-1) e pureza (260/280)  testadas, o protocolo desenvolvido nesse trabalho pode ser usado seguramente para análise molecular do DNA total extraídos de raízes de plantas cultivadas em solo com até 90 DAP.