Avaliação do potencial simbiótico de cultivares de feijoeiro em combinação com estirpes elite de rizóbio

Resumo

Apesar de se beneficiar do processo de fixação biológica de nitrogênio, o feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) apresenta baixo potencial de fixação, em comparação com outras leguminosas de grãos, como a soja. A seleção de pares simbióticos eficientes é uma tecnologia que vem sendo utilizada para maximizar a produção do feijão em cultivos sob inoculação. Considerando isso, o objetivo do presente trabalho é selecionar as melhores associações cultivar/estirpe de rizóbio, em condições controladas, para posterior avaliação em campo. Para tanto, foram selecionadas vinte cultivares de feijão, representantes dos grupos Carioca, Preto, Jalo, Roxo, Rosinha, Iraí, Embaixador e Mulatinho, sendo essas de maior inclusão na indústria brasileira. Essas cultivares foram avaliadas em combinação com as estirpes elite de rizóbio, ou seja, aquelas consideradas de maior eficiência disponíveis em laboratórios de pesquisa. O teste das cultivares foi divido em quatro experimentos, todos realizados em casa de vegetação, em condições controladas, utilizando vasos de Leonard devidamente esterilizados, dispostos em blocos ao acaso, com quatro repetições e sete tratamentos de fonte de nitrogênio: controle absoluto, controle nitrogenado, e inoculação com as estripes BR533, BR534, BR959, BR923, além da mistura das estirpes comerciais BR322 e BR520. Com base nos resultados obtidos, foram selecionados os materiais que apresentaram as melhores combinações simbióticas, sendo eles as cultivares Pérola, Pontal, Notável, Ouro Negro e Marfim, representantes dos grupos carioca, preto e mulatinho, respectivamente e as estirpes BR 923, BR 959, BR 534. Utilizando essa seleção, foi realizado um novo experimento, incluindo os tratamentos controles absoluto e nitrogenado. Esse experimento encontra-se em fase de análise, e espera-se que sejam confirmadas as melhores associações obtidas nos experimentos anteriores, em relação à nodulação, peso e teor de nitrogênio na parte aérea.