Avaliação da fitotoxicidade de herbicidas em espécies florestais nativas utilizadas em programas de restauração florestal no estado do Rio de Janeiro

Resumo

A utilização do controle químico de plantas daninhas pode ser um importante aliado para a formação de povoamentos visando à restauração florestal. Nesse encalce, informações sobre a fitotoxicidade desses produtos às espécies florestais têm de ser geradas objetivando ao uso mais eficiente. O objetivo do trabalho foi avaliar a fitotoxicidade de cinco herbicidas em espécies florestais nativas, comumente utilizadas em programas de restauração florestal no estado do Rio de Janeiro. O estudo foi conduzido no viveiro florestal do DS/IF/UFRRJ. Foi avaliada a fitotoxicidade dos herbicidas mesotrine, nicosulfuron, quizalofop-p-ethyl, setoxidim e fluazifop-p-butyl às espécies Citharexylum myrianthum, Schinus terebinthifolius, Aegiphila sellowiana, Psidium cattleianum, Guarea guidonia, Tabernaemontana sp. e Inga laurina. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco tratamentos (herbicidas) e a testemunha (sem aplicação de herbicida), com seis repetições. Cada parcela foi composta por sete mudas, sendo uma para cada espécie. A aplicação dos herbicidas foi feita com auxílio de um pulverizador pressurizado por CO2 a pressão constante, utilizando-se a maior dosagem recomendada para o controle de gramíneas.  A fitotoxicidade foi avaliada visualmente aos 7, 14, 21, 28 e 62 dias após aplicação (DAA) por meio de uma escala de percentual de notas, em que zero corresponde a nenhuma injúria e 100 a morte das plantas. Os dados foram agrupados em classes de frequência de fitotoxicidade. Os herbicidas utilizados apresentaram baixas fitotoxicidade às espécies onde essas ao longo da avaliação foram capazes de reverter o quadro toxicidade. Dessa forma, a utilização de tais produtos no controle de plantas daninhas em áreas de restauração florestal torna-se pertinente.