Interação entre bactérias diazotróficas e plantas de capim-elefante durante seu ciclo de crescimento

Resumo

A produção de material energético alternativo renovável, representa hoje um dos grandes desafios para a pesquisa no Brasil. O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) está entre as gramíneas de maior capacidade de produção de matéria seca, com características qualitativas favoráveis para a produção de energia. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a variação temporal da comunidade de bactérias diazotróficas associada à cultura de capim-elefante, com e sem inoculação, assim como selecionar os isolados mais eficientes na promoção desenvolvimento das plantas. Para tal foi utilizado o genótipo Cameroon, cinco estirpes de bactérias diazotróficas, previamente isoladas e identificadas, utilizadas como inoculante, dois tratamentos nitrogenados (25 e 50 kg N ha-1) e uma testemunha absoluta. As amostras de parte aérea e raiz foram coletadas aos 30, 60, 90 e 120  dias após o plantio (DAP), processadas no laboratório e a população de bactérias diazotróficas quantificada pelo método de número mais provável (NMP) utilizando os meios JNFb, NFb, LGI e JMV semi-sólidos livres de N. A presença de bactérias diazotróficas colonizando as amostras vegetais foi evidenciada pela formação de película característica nos meios semi-sólidos. A população de bactérias diazotróficas variou de 10² a 10⁷ células por grama de tecido fresco. Em todas as coletas, a maior população foi observada na raiz. De maneira geral, aos 60 DAP, o número e a diversidade de bactérias diminuiu drasticamente chegando a níveis não-detectáveis em alguns meios de cultivo. Aos 90 e 120 DAP, inicio do florescimento das plantas, a população e a diversidade das bactérias diazotroficas aumentou nas raízes nos diferentes tratamentos.  Neste processo foram obtidos 80 isolados bacterianos que serão identificados a posteriore