Caracterização sócio-economica e ambiental do Assentamento São José da Boa Morte, para apoiar atividades e Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrobiologia.

Resumo

Este trabalho se propõe a caracterizar o assentamento São José da Boa Morte (Cachoeira de Macacu/RJ), através do uso de Entrevistas Semi-estruturadas com a finalidade de conhecer melhor o público, suas propriedades e suas redes de relacionamento e comercialização para subsidiar ações de transferência de tecnologias da Embrapa Agrobiologia. As Entrevistas são baseadas em um roteiro previamente elaborado com perguntas abertas e fechadas, o que permite respostas mais elaboradas. O assentamento possui aproximadamente 410 famílias, para a obtenção das informações para esse trabalho foram aplicadas 19 entrevistas com todas as famílias beneficiadas por um projeto da Embrapa, moradores de diferentes glebas, visando obter resultados das diferentes formas de uso terra. A localidade caracteriza-se por possuir áreas que passam por periodos de inundação, o que inviabiliza a utilização do solo para cultivo por um periodo de aproximadamente 4 meses, em todas as entrevistas efetuadas as propriedades são administradas por homens, com idade entre 20 e 60 anos, a maior parte com apenas o ensino fundamental incompleto, e residente no lote, os que não residem deve-se ao fator das inundações acima citadas. A renda familiar gira em torno de 2 ou 3 salários mínimos, mais da metade deles são utilizam a agricultura como única fonte de renda da familia, o tamanho dos lotes variam de 1 a 20 hectares, somente 1 dos 19 entrevistados possui escritura da propriedade e os demais possuem título, contrato ou recibo de quitação. Com os estudos, observamos que a agricultura é intensiva, e sempre substituída pelas mesmas culturas, fato que influencia diretamente na qualidade do solo e consequentemente, na sustentabilidade econômica e ambiental da atividade agropecuária local.