O uso de sementes de adubos verdes para a produção de biojóias como estratégia para a adoção desta tecnologia em comunidades tradicionais

Lucia Helena Almeida

Resumo


A adubação verde é recomendada como uma das principais tecnologias para a manutenção da fertilidade dos solos em unidades de produção. No entanto, grande parte dos agricultores familiares do Estado do Rio de Janeiro que embora reconheça esta prática como importante aliada para proporcionar melhores condições químicas, físicas e microbiológicas aos solos, ainda apresenta resistência à sua adoção por não ter condições de deixar parte de suas áreas em pousio ou cultivando espécies que não apresentam potencial econômico, e por terem pouco conhecimento e orientações técnicas para adotar outras práticas como a rotação de culturas, o consórcio ou mesmo o planejamento do uso das áreas agricultáveis.Buscar estratégias que permitam outros aproveitamentos das espécies utilizadas como adubos verdes é um desafio para pesquisadores e extensionistas, sobretudo em comunidades que estejam em situação de risco ambiental, como é o caso de algumas comunidades quilombolas do Estado do Rio de Janeiro. A comunidade de Preto Forro, localizada no município de Cabo Frio -RJ,  é composta por 22 famílias que ocupam uma área de 54 hectares, está diante do desafio de converter grande parte de seu território predominantemente ocupado por pastagem degradada em área apta para o cultivo de alimentos que garantam a sua segurança alimentar e a geração de renda a partir da agricultura. Objetiva-se gerar subsídios para que a partir do estímulo à adoção da prática da adubação verde e diante da possibilidade de utilização de suas sementes também para a confecção de biojóias, essa prática se constitua num manejo frequente rotineira trazendo benefícios ambientais e sócio-econômicos esta comunidade.

 


Palavras-chave


Comunidades quilombolas, bancos de sementes, artesanato, manejo sustentável do solo

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