Eficiência simbiótica de estirpes de Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii na cultura da soja

Resumo

A alta produtividade associada ao elevado teor protéico dos grãos tornam a cultura da soja extremamente exigente em nitrogênio (N). O melhoramento da soja foi feito de forma a otimizar o processo de fixação biológica de nitrogênio atmosférico (N₂). Desta forma as cultivares usadas no Brasil não são dependentes de fertilização nitrogenada para atingir altos níveis de produtividade. O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho simbiótico de estirpes de Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii com a soja. Foi conduzido um experimento em casa de vegetação da Embrapa Agrobiologia, Seropédica. A cultivar BRS133 foi cultivada em vasos Leonard com substrato estéril, composto por areia e vermiculita na proporção de 2:1. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 16 tratamentos e 5 repetições. Os tratatamentos constituíram-se de 14 estirpes, sendo quatro recomendadas para a cultura  e dois tratamentos de referência (sem inoculação e sem inoculação com turfa). Após 46 dias foram avaliadas a presença de nódulos e a eficiência relativa. Foram avaliados os seguintes parâmetros: massa de nódulos secos, massa da parte aérea e de raízes secas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a nível de 5% de probabilidade. Três estirpes de B. elkanni (USDA 76, USDA 130, USDA 94) e uma estirpe de B. Japonicum (USDA 110-BR52) apresentaram peso de parte aérea, peso de raiz igual ao controle e inferior quando comparado as plantas inoculadas com as demais estirpes. Quanto ao peso de nódulos aquelas mesmas estirpes apresentaram peso de nódulos inferior quando comparado aos demais tratamentos de inoculação. Os isolados USDA 76, USDA 130, USDA 94, USDA 110-BR52 não são capazes de fornecer N em quantidades suficientes para o desenvolvimento da cultura.