Monitoramento da Fauna de Solo no Corredor Ecológico COMPERJ

Resumo

O monitoramento da Fauna de Solo no Corredor Ecológico COMPERJ visa analisar os benefícios do reflorestamento sobre a biodiversidade do solo, dentro do maior empreendimento petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, na cidade de Itaboraí – região metropolitana. A segunda etapa do monitoramento ocorreu em novembro de 2012, início da estação chuvosa, a qual favorece a maior atividade da fauna do solo. Para realizar a amostragem utilizaram-se duas metodologias distintas, visando coletar a fauna epígea e a macrofauna do solo nas áreas de regeneração induzida, nos fragmentos florestais e nas áreas de pasto sujo. A fauna epígea é composta principalmente por artrópodes da meso e macrofauna, associados ao ambiente da serrapilheira, sendo mais fortemente influenciada pela cobertura do solo. Para sua captura foram utilizadas as armadilhas do tipo “pitfall”. A macrofauna, por sua vez, é dependente também das características do solo, tais como teor de matéria orgânica e a textura do solo, sendo utilizada a metodologia TSBF (Tropical Soil Biology and Fertility). Os dados analisados para a metodologia TSBF, de forma geral, revelam uma maior diversidade nas áreas de fragmentos florestais, com níveis de cadeia trófica bem estabelecidos quando comparados às áreas de pasto sujo e de reflorestamento, onde a diversidade é menor e há a ocorrência de insetos eusociais. No caso da fauna epígea, observou-se que houve queda nos índices de equabilidade dentro dos fragmentos de mata devido à numerosa ocorrência de colêmbolos quando comparados às outras feições da paisagem estudada, em que houve baixa ocorrência de colêmbolos. Como essa análise da fauna do solo é o segundo momento do monitoramento, podemos dizer que neste intervalo de dois anos de intervenção não houve ainda um efeito significativo do reflorestamento na colonização da fauna epígea e da macrofauna do solo, que deverá ocorrer a longo prazo.