Resumo
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A vinhaça, principal resíduo da produção do etanol, é normalmente aplicada no campo por ferti-irrigação sendo essa uma prática muito difundida entre as usinas e destilarias brasileiras. A avaliação das perdas de N resultantes dessa aplicação se faz necessária, a fim de se avaliar o potencial desse resíduo como fornecedor de nutriente e sua contribuição nas emissões de gases de efeito estufa na produção do etanol. Esse estudo teve como objetivo avaliar as emissões de N2O e as perdas de N por volatilização de NH3 com a aplicação de diferentes fontes de N usadas em lavouras de cana-de-açúcar. Foram realizados dois experimentos em casa-de-vegetação da Embrapa Agrobiologia - RJ. O primeiro consistiu na aplicação de cinco tratamentos: vinhaça fresca, vinhaça velha, uréia, torta de filtro e controle. Já o segundo consistiu na aplicação de apenas três tratamentos, vinhaça fresca, uréia e controle, sendo avaliadas apenas as emissões de N2O. A emissão de N2O proveniente da vinhaça ocorreu nos primeiros dias após a aplicação, enquanto para uréia se verificou um comportamento tardio, sendo suas emissões amplificadas com a posterior aplicação de vinhaça. Com relação as perdas de N-NH3 apenas para a uréia os resultados foram relevantes, representando 18,7% do N aplicado. A aplicação de vinhaça no solo favorece a emissão de N2O apenas nos primeiros dias após a sua aplicação, não apresentando resultados significativos com relação à volatilização de NH3.